terça-feira, 3 de março de 2009

Danuza & Viagens

Peguei outro dia uma parte de Na Sala com Danuza para me divertir um pouco. Ela é muito engraçada, completamente incoerente e algumas vezes bem sábia.

Pouca bagagem. É tão civilizado, tão chique, gente que viaja com poucas malas. Eu adoraria poder ensinar como se faz uma mala pequena, prática e elegante. Aliás, adoraria aprender. Comigo é sempre uma tragédia.

Devo admitir que concordo com tudo. Além de hoje em dia não ser fácil arrumar carregadores ou mesmo ter coragem de delegar sua mala a alguém, ora por segurança, ora por constrangimento, mais esse último pra mim, ora por economia (papai falou que o mínimo de gorjeta desse tipo em hotel é cinco reais), muita mala pode ser um problema bem caro nos aeroportos (uma vez tive que jogar uma mochila fora e mandar algumas coisa pelo correio australiano de volta pra casa) e, sobretudo em viagens de carro, é uma falta de consideração com os outros viajantes. De modo que o único jeito é tentar ao máximo reduzir a bagagem.

Muitas vezes, porém, isso é quase impossível. Em alguns lugares você espera que faça calor mas as previsões indicam frio. E frio é frio, qualquer casaquinho ou jaqueta já é um espaço enorme. Quando tem que levar roupa de cama então já viu. E quando faz frio que demande cobertor? Um jeito mais ou menos digno e totalmente prático é apelar para sacos de dormir.

Mas se você estiver disposto de encarar e levar muita mala mesmo, há uma regra da qual você não deve abrir mão: Tenha boas malas.

Isso não quer dizer malas caras (embora as de rodinha inteligente sejam o que há no mercado da viagem). Pode até ser que você escolha uma sacola de compras para levar uma coisa que sobrou, mas é importante que ela seja de qualidade.

Uma vez de Virginia Beach para Washington deixei minhas malas para fazer nos últimos minutos. Como não coube tudo (adorávamos o Lynnhaven Mall), acabei apelando para uma sacola qualquer para por coisas como uma toalha molhada, uma sandália, umas roupas. O resultado foi que eu nem havia entrado no ônibus que me levaria para o trem e a alça já tinha arrebentado. Assim, durante todo o trajeto fiquei literalmente igual um sacolero, com as coisas caindo pelos lados, além dos vários outros volumes ao meu redor. Foi a vez mais pedreira que eu empacotei os meus pertences.

A continuação dessa viagem, porém, foi bem melhor. Quando fui de DC a NY já tinha me preparado (e, sobretudo, aprendido com os erros) e estavam tão bem arrumadas as minhas coisas que mesmo com duas malas de rodinha, uma mochila e uma ou duas outras sacolas de mão, não me roguei um taxi para me levar da estação ao humilde albergue em que me instalaria pelas próximas 3 noites. Assim, fui pelas ruas da cidade (óbvio que não era tão longe)com a minha tranqueira toda.

Chegando ao Times Square Dream Hostel, que de dream tinha só mesmo a Times Square, o chinês parente do dono me disse que sabia que eu era brasileiro pelas minhas enormes malas. Paciência, cheguei ao Brasil com muitas coisas novas e presentinhos pra galera.

Por falar nisso, se você vai passar um bom tempo (tipo meses) e, sobretudo, se vai trabalhar lá, make sure vc vá com pouca - ou nenhuma - roupa. Procure logo um outlet. O nosso nos fez dirigir quatro horas pra chegar mas valeu. Não é (pelo menos não foi) o paraíso que todo brasileiro quer, mas dá pra conseguir umas boas barganhas. Aliás, isso é tão manjado que falar isso aqui é chover no molhado.

Com as compras excessivas (para desencargo de consciência, pensava que estava comprando tudo que eu poderia comprar nos meses anteriores e nos anos seguintes, o que é verdade) as malas voltam sempre cheias. Na volta é torcer para a mala chegar junto com você mas, se como foi comigo, ela não vier no avião, espere uma semana para desesperar. Para se garantir totalmente, leve consigo aquelas coisas que realmente não tem preço: o seu diário de viagem, o notebook que você comprou (mas isso tb é óbvio).

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