sábado, 6 de março de 2010

Conversando com Estudantes de Medicina



Bom, inicialmente, quando ele disser o curso, bom, eu não sei vocês mas eu sempre vou arregalar o olho e dizer noh que doido... e essas coisas, dar moral. Estudante de medicina escolheu sofrer. Sofre muito pra passar no vestibular - os amigos e familiares sofrem juntos - sofrem no curso (em Engenharia também sofre, mas eles fica 6 anos), sofrem para passar na residência, sofrem quando estiverem trabalhando:
  • ou por serem recém-formados
  • ou por trabalharem demais
  • ou por fazerem plantão
  • ou porque os pacientes nem sempre sobrevivem - fato
  • ou por não ganharem muito - alguns ficam ricos mas a gente sempre ouve que demora
  • ou porque os advogados ficam querendo processá-los por qualquer coisa.
Então estudantes de medicina merecem muita moral mesmo. Além disso, eles vão nos prestar serviços importantíssimos e, em breve, proavelmente as nossas vidas estarão em suas mãos literalmente.

Bom, em seguida, há um certo roteiro básico de assuntos para serem tratados e aí segue uma lista de dicas pra puxar papo se você é como eu que é muito simpático e grada de render assunto se estiver a toa:

  • Tem aquela do período, basicão. Essa é de praxe pra qualquer curso.
  • Faculdade. Nunca pergunte se é na federal, apenas pergunte a faculdade mesmo.
  • Aí em seguida tem aquela: você conhece fulano(a)? Essa pergunta pode fazer vocês se descobrirem amigos em comum de um amigo bem próximo. É bem legal quando damos essa sorte, mas na maioria das vezes não acontece. Ok, passemos para as próximas, exclusivas do curso:
  • Já sabe em quê vai se especializar? Aí já rola aquele vocabulário técnico: "oftalmo" para oftamologia, "pneumo" (logia) e as outras que não tem apelido.
  • Tinha outras mas eu não tô lembrando agora.
  • Tem outra também, que é perguntar de onde a pessoa é. Pois muitas pessoas vem do interior para estudar medicina por razões óbvias de que tudo aquilo que os médicos sofrem na capital não é válido no interior, onde eles são figuras de respeito e prestígio (não que não o sejam na capital, mas no interior rola aquele plus a mais de ser Doutor).
  • Em caso afirmativo do cara não ser daqui, segue a pergunta com quem ele mora. Em geral é com irmãos e primos, aí pergunte se o pessoal é legal, onde que é o apartamento e, se houver ocasião pergunte também o preço do aluguel: eu sempre gosto de ter uma noção deste tipo de custo. É uma das informações mais legais de se saber.
  • Em geral os irmãos de quem vem do interior para estudar medicina também são médicos ou estudam para sê-lo por razões óbvias de isso ser meio de família. Em caso afirmativo pergunte aquelas coisas básicas: onde estuda, em que se especializará, etc.

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