Chegou em casa e quase nem olhou para nada. Só conseguia ir para o quarto no final do corredor e realizar o que pensava há dias que faria. Foi muito fácil conseguir aquilo. Muito barato. Muito conveniente até.
Fechou a porta - sem o cuidado de trancá-la - pensando nas instruções que recebera. O Cigarro, o papel de seda, o isqueiro. Tudo ali. Ligou o ventilador pensando que ele se encarregaria de levar pela janela qualquer indício.
Fez tudo como ensinado. Nada. Não entendia o erro mas não conseguia. Tentou, tentou, puxou mas a fumaça não vinha. Mesmo anos depois não entende o que acontecera. Talvez o filtro, talvez a falta de prática.
O insucesso porém não afastou a mãe. Incrível como ela soube que deveria ir ali. Olhou bem no olho perguntou se ela escondia alguma coisa (como ela sabia!?!!). A mãe não descobriu mas resolveu dormir. Jogou o moletom sobre a bolsa que continha o bagulho.
Dormiu.
Acordada foi procurar a bolsa, sem sucesso. Não entendia nada, mas só uma possibilidade havia. Procurou espairecer. Esqueceu.
Vários meses depois, a conversa desde aquela semana ensaiada, revisada e aconselhada. O pais preocupados com a filha que se drogava há anos mas que na verdade nenhuma vez conseguira fazê-lo. Passou por um dia como maconheira há anos. Sendo que nunca fora.
Que loucura louca.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
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